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Fico um pouco apreensivo com este ambiente que a febre bolsonarista me fez detectar em Portugal, mas aparentemente os meus camaradas de partido e companheiros de viagem ideológica estão cegos para o que está mesmo à sua frente...
E não creio que se possam culpar as redes sociais, é mesmo a cegueira dos nossos políticos e um foco constante, negativo e desproporcional na imprensa, que ao longo da última década passou de redacções repletas de jornalistas de esquerda a redacções propriedade de capitalistas ligados aos partidos de direita que despediram os jornalistas (não só os de esquerda) e as encheram com criadores de conteúdos e estagiários curriculares.
E se a esquerda lusa se mantém cega para o que está mesmo à sua frente (aparentemente não saem da sua bolha algorítmica nas redes sociais nem leem os comentários dos leitores nas páginas dos vários jornais) já a direita aparenta estar atenta, depois de André Ventura já Santana Lopes e Paulo Portas vieram em socorro da respeitabilidade de Bolsonaro. São tempos perigosos estes, embora se tornem cada vez mais interessantes.
Sim, tem-nos safado o clubismo político que mantém o eleitor fidelizado aos PS e PSD, mas tal como o BE e o PAN surgiram e subiram, um dia destes surge-nos um populista aglutinador ou, suspeito, uma das personagens que já conhecemos, qual Bolsonaro que já anda na política brasileira há décadas, reinventa-se como anti-sistema e capta todo esse descontentamento e desconfiança! Duvido, mas já não o nego.